Se você acompanha as notícias sobre leilões milionários de imagens, vídeos e gifs, já deve ter se deparado com a sigla NFT. O mercado de criptoativos está passando por uma grande mudança de paradigma e os NFTs estão mudando a forma de investir.
Quer saber mais? Confira nosso artigo.
O que é um NFT
O Non-Fungible Token é o que as letras representam, e quer dizer Token Não-Fungível em português. Isso significa que aquele é um arquivo único, insubstituível.
Embora possam ser comprados e vendidos de forma digital, existe apenas uma cópia original daquele arquivo, assim como uma obra única, não existe uma igual. O objetivo é que o proprietário daquele ativo tenha algo único.
Apesar de você poder copiar e colar a imagem, ou tirar um screenshot dela, a imagem é emitida em uma rede blockchain e aquela transação é registrada na mesma rede. Ou seja, existe uma forma do proprietário confirmar que a dele é original.
O assunto ficou popular na grande mídia quando Neymar comprou dois NFTs famosos por cerca de R$ 6.000.000. Por ser um ativo muito novo, em alguns artigos e notícias as obras compradas foram chamadas de “JPEG de macacos”.
Na última onda de corridas de ouro da NFT, a artista Grimes vendeu cerca US$ 6 milhões em obras de arte digitais em leilão.
Os clientes podem não conseguir exibir essas obras digitais em suas paredes, mas terão a satisfação de possuir uma peça de um artista conhecido como Nyan Cat ou Grimes.
Mais do que isso, as NFTs surgiram como um ativo especulativo com uma enorme quantidade de mercados oferecendo a chance de revendê-las por muito mais, caso o hype das NFT continue.
Apesar de serem totalmente digitais, a lógica de mercado de um NFT não é algo novo, o mercado de arte e o de colecionáveis segue uma lógica parecida, na qual pessoas trocam entre si obras que são únicas. Em 2022, o Youtuber Logan Paul chegou a gastar US$ 3.5 milhões em cartas raras de Pokemon.
Por que alguém iria querer um NFT?
A princípio, tudo se resume ao uso. É possível dizer que pessoas buscam os NFTs como uma forma de comprar uma obra, apoiar um artista e ter para si algo único.
Além disso, com a possível iminência de um metaverso, onde as pessoas irão interagir de forma totalmente digital, coletar e exigir itens relevantes pode ser uma forma de status ou até mesmo uma forma de pertencer à uma comunidade virtual.
Para ilustrar, considere a coleção de pixel art CryptoPunks. Tudo começou como um experimento artístico, mas desde então se tornou um ícone cultural no mundo das criptomoedas.
Junto com a parte cultural, também veio a especulação financeira de empresas que acreditam no futuro do metaverso. A Visa chegou a comprar um Cryptopunk, o Punk 7610, reconhecendo a importância histórica do projeto e o possível valor comercial.
Com tantos famosos e instituições comprando NFTs, ao que parece essa é mais do que uma moda passageira, é uma tendência que veio para ficar no mundo das finanças, arte e sociedade.