Um mundo futurista onde as empresas têm robôs ao invés de funcionários não parece tão distante. Nos Estados Unidos, essa é uma realidade desde 2019, quando a Amazon lançou o primeiro bot entregador.
Enquanto que para as empresas essa mudança é muito bem vinda, talvez isso não seja igual para os clientes. Será que a falta de calor humano não afetará a experiência do consumidor? Os principais centros de inovação já estão endereçando o assunto.
Em um artigo publicado esse ano pelo MIT, três pesquisadores fizeram estudos acerca do desenvolvimento de habilidades sociais em robôs.
Boriz Katz, um dos cientistas, disse que o estudo é “uma das primeiras tentativas verdadeiras de entender o que significa humanos e robôs interagirem socialmente”. e que “os robôs irão viver em nosso planeta, eles precisam aprender como se comunicar conosco de forma humana. Eles precisam entender quando devem ajudar e quando devem impedir algo de acontecer”.
Para conseguir desenvolver habilidades sociais como a percepção de contexto e empatia, durante a pesquisa os robôs foram alimentados com estruturas lógicas que os ajudaram nas tomadas de decisão.
Segundo Ravi Tejwan, um dos pesquisadores, o estudo utilizou modelos matemáticos inéditos em forma de algoritmo para conseguir simular o que poderia ser percebido como um comportamento social.
Como forma de comprovar a eficácia dos testes, voluntários assistiram aos vídeos das interações.Na maioria dos casos, foi possível entender quais eram as intenções e habilidades sociais que os robôs emularam.
Entrevistados pelo MIT, os cientistas comentam que o desafio agora é criar uma inteligência artificial capaz de aprender com os próprios erros, assim como um humano faria.
Em um futuro no qual será possível que um robô cuide de uma portaria, faça entregas e até mesmo busque crianças na escola, a humanização desses serviços será um dos fatores determinantes para sua viabilidade comercial e pesquisas como essas já estão desbravando o futuro dos serviços robotizados.