A inovação disruptiva é um processo em que uma solução é substituída por outra superior, dada a sua tecnologia, sua facilidade de uso, acessibilidade ou, ainda, preço.
Quando se trata de inovações disruptivas, podemos retroceder alguns anos para compreendermos o que é este fenômeno. Na década de 90, boa parte da população brasileira, quando precisava fazer uma ligação, tirava seu telefone do gancho e utilizava seu disco para fazer a combinação de números.
Nos anos 2000, uma década apenas depois, era notável que o esforço tinha sido reduzido ao máximo. Podendo contar com uma agenda implementada em um telefone celular, bastava segurar um número por poucos segundos para começar uma discagem automática para outro número de telefone.
Atualmente… bem, o número de telefones celulares no Brasil deu um salto de 131,4% entre 2005 e 2013. E hoje não precisamos sequer discar um número, basta pedir para nosso assistente de voz fazer uma determinada chamada.
Com essa breve explicação, nosso objetivo é bastante simples. Tivemos, pelo menos, três inovações disruptivas apenas ao citarmos esses exemplos. A primeira delas, a do telefone. A segunda, do celular. A terceira, do smartphone.
Todas elas, em algum grau, mudaram de forma definitiva o comportamento do consumidor e fizeram com que um novo mercado fosse criado.
O que é a inovação disruptiva?
A inovação disruptiva é um processo que uma tecnologia, um produto, um serviço ou um mercado sofre, criando, como resultado disso, uma solução que substituirá de forma quase que definitiva aquilo que o mercado tinha como produto de ponta até o momento em que essa inovação ocorre.
Para ser considerada como disruptiva, no entanto, essa superioridade de um produto ou de um serviço deve ser percebida por seu mercado de consumidores. As razões podem ser as mais diferentes possíveis, como, por exemplo: mais acessível, mais barata, mais conveniente, mais cara, diferente.
Esse tipo de inovação sempre causará uma mudança na forma como se consome um produto ou um serviço, via de regra.
Mudando um mercado ou criando uma necessidade
Quem sabia, ainda nos anos 90, que precisava de um telefone celular? Ainda que algumas pessoas já tivessem acesso a essa tecnologia, é de se concordar que a necessidade dela era algo que podia ser totalmente discutível, sobretudo em razão do seu alto custo.
Atualmente, no entanto, como podemos afirmar que, em uma grande cidade, não é item de primeira necessidade ter um smartphone? Conferimos isso recentemente, com a questão do auxílio emergencial, por exemplo, em que era fundamental que o cadastro se desse por meio de um aplicativo lançado pelo governo federal.
Dessa forma, podemos afirmar que essa tecnologia não só mudou um mercado como, sobretudo, criou uma necessidade. Necessidade esta que não pode ser simplesmente ignorada, como acontece com outras tecnologias realmente interessantes, mas que são passageiras e raramente conseguem se fixar no mercado.
Para que serve, na prática?
Um ciclo de inovação disruptiva poderia servir, como uma resposta simples, para fazer com que uma empresa se coloque como a maior em um mercado. No entanto, não é tão simples e não estamos, necessariamente, falando de aspectos econômicos.
Essas inovações que chamamos de disruptivas servem para que a nossa vida, enquanto consumidores, se torne mais simples, mais funcional, mais inteligente, mais organizada.
Dentro dessa “cesta” de respostas, podemos encontrar muito mais do que o smartphone, que parece ser sempre o exemplo mais citado. Os serviços de streaming, por exemplo, também fizeram com que tivéssemos uma experiência disruptiva. Da mesma forma, aplicativos de entregas e de transporte compartilhado também são bons exemplos de inovações que facilitaram a vida do consumidor.
A inovação disruptiva promove a liberdade de escolha para o consumidor
Quando se trata de inovação disruptiva, temos como resultado uma ampla variedade de empresas no mercado que oferecem a mesma solução, o mesmo serviço, a mesma tecnologia ou o mesmo produto e elas passam a disputar entre si quais são aquelas que podem consumir a maior fatia do mercado.
No entanto, como chegamos sempre a um platô de desenvolvimento, é o consumidor quem ganha nessa conta, pois é ele que tem maior liberdade de escolha para decidir em que investir, o que adquirir. Isso, pelo menos, até a próxima grande inovação disruptiva.