A tokenização de ativos tem sido um dos assuntos mais falados nos últimos anos, se tornando uma tendência de mercado de diversos segmentos, dentre eles o mercado agro.
Buscando trazer essa novidade para o mercado brasileiro, a Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), discutiu o assunto durante o Fintouch, evento que contou com a presença de José Angelo Mazzillo Júnior (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) entre outros especialistas do mercado.
Durante o evento, especialistas comentaram a possibilidade da criação de tokens financeiros atrelados aos preços de commodities agrícolas como uma solução para facilitar o investimento no mercado.
“A desmaterialização dos títulos de crédito do agronegócio, como por exemplo, a transformação de Cédulas de Produto Rural (CPRs) de um documento “físico” para um “eletrônico”, abriu porta para que essas transações também se transformassem em Ativos Digitais, logo chamando a atenção de empresas tokenizadoras, que perceberam o potencial de atuação no agronegócio. Atualmente, a CPRs representa até 1/3 de todo o crédito cedido na cadeia de insumos, este valor atualmente pode chegar a R$ 50 bilhões anualmente, ou seja, qualquer fração transformada em tokens para investidores traria e pode trazer um bom volume de novo capital para o setor”, comenta Jônatas Couri, membro da vertical de agtech da ABFintechs.
O agronegócio tem apresentado um crescimento de 3% ao ano e a soma de bens e serviços gerados no agronegócio chegou a quase R$ 2 trilhões ou 26,6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020.
A Tokenização de commodities não é algo novo, alguns ativos, como o ouro, já foram tokenizados através de moedas como a Digix Gold Token (DGX) e algumas empresas de Blockchain focam exclusivamente na emissão e trading de commodities.
No Brasil, a representatividade do agronegócio em nossa economia demonstra o potencial do país para se tornar o celeiro mundial de tecnologia do setor. Sendo uma terra muito fértil para as Fintechs que buscam clientes no campo.